segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Contabilizando ações

Pessoal, o nosso blog é puro sucesso!

Participamos no dia 07 de novembro do Plus- Festival Universitário da Comunicação. Foi a 3º edição deste evento que acontece na  Universidade do Sul de Santa Catarina- Unisul, campus Tubarão. Na noite desse grande dia, nós, a turma do 4º semestre de Jornalismo, apresentou aos demais estudantes de comunicação social e professores, o Projeto Integrado com tema Sustentabilidade. E adivinhem qual era o projeto?

Claro, este blog com matérias produzidas por nós jornalistas acadêmicos.

Neste dia, a campanha "A cada dez acessos, uma árvore será plantada" também foi lançada. 
Rendeu acessos, comentários, publicações e enfim chegou o dia de contabilizar as ações.

Encerrada no dia 28 de novembro a campanha atingiu a  marca de 1330 acessos. Portanto, 133 árvores  serão plantadas por nossas mãos. A parceira Tractebel Energia, irá ceder as mudas para o plantio, e o data está a combinar. 

A enquete no blog também encerrou e temos os seguintes resultados:

Você acha que é possível construir um mundo sustentável?

Sim, inclusive já adotei medidas para colaborar com o meio ambiente.  *6 votos (27%)

Não, pois as práticas consumistas atuais fazem das pessoas seres que não se preocupam com o meio ambiente. *3 votos (13%)

Sim, se cada um fizer sua parte podemos ter um mundo sustentável. *11 votos (50%)

É preciso ajuda de pessoas influentes, que estimulem essas práticas sustentáveis. *2 votos (9%)






Faça você também sua parte e ajude na construção de um planeta sustentável.
Mais informações sobre o plantio das mudas você confere aqui no blog unisustentável.


Uma boa semana.



Por: Késsia Meurer

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Enquete

Não deixe de participar também de nossa enquete:

"Você acha que é possível construir um mundo sustentável?"

Vá até o final da página e responda a pergunta, que terá resultado divulgado no dia 28 de novembro.

Campanha do blog

Com o intuito de ajudar e preservar o planeta, a equipe do blog Unisustentável propõe uma campanha. E você visitante, é nosso aliado nesta luta.

A cada 10 visitas no blog uma árvore será plantada. Por isso contamos com sua ajuda para o plantio das mudas, que será realizado no dia 30 se novembro. Divulgue nossa página, repasse aos amigos, parentes e professores. Compartilhe o link em suas redes sociais, e torne-se você também uma pessoa que crê num mundo sustentável.

Faça suas ações e contribua como a gente.

Aqui estão alguns dos motivos para você plantar não uma, mas várias árvores, e ajudar a natureza:

• Uma árvore adulta pode absorver do solo até 250 litros de água por dia. Imagine como elas poderiam ajudar para não ocorrerem tantas enchentes, das quais matam e deixam muitas pessoas sem casas! Junto com toda essa água absorvida, muitos nutrientes de matérias orgânicas (como as fezes dos animais) são absorvidos pelas raízes e transformados através da fotossíntese, em alimento para a toda a planta. Por sua vez, folhas, frutos, madeira e raízes servirão de alimento para diversos seres vivos. Os animais por sua vez, irão defecar o que comeram, e as folhas e frutos que não serviram de alimento caem no solo. Folhas, frutos e fezes de volta ao solo, e todo o ciclo recomeça.

• Uma árvore pode transpirar por suas folhas, até 60 litros de água por dia. Este vapor se mistura com as partículas de poluição do ar, e quando se acumulam em nuvens, caem em forma de chuva. Portanto, as árvores ajudam também na retirada de poluentes do ar! Além do mais, este vapor ajuda a equilibrar o clima da região. Isso é facilmente percebido em parques e floretas que tem seu clima mais fresco.

• A camada de folhas que se formam a baixo das árvores, servem de berço para as sementes, e para proteger o solo dos pingos da chuva. Cada pingo de chuva que cai diretamente no solo, causa erosão.

• A copa das árvores também protege o solo da chuva direta, sem contar que suas raízes seguram firmemente o solo. As raízes de árvores que estão nas beira de rios, aparecem as vezes dentro do rio, parecendo cílios. Essas raízes além evitarem a erosão, servem de casa para muitos animais. Por causa destes cílios, a mata próxima aos rios é conhecida pelo nome de Mata Ciliar.

As vantagens de plantar uma árvore

Sombra: Que delícia uma boa sombra, não é ? Bem, se levarmos em conta a devastação e a não preocupação do reflorestamento, pode se preparar para sair de casa de guarda sol, pois a previsão é de que em 2030 nossas matas vão acabar.

Madeira: O mercado madeireiro é um dos que mais cresce no Brasil. Muitas empresas são clandestinas, e pouca gente se preocupou em saber se a madeira que está comprando é autorizada ou não. Se você usa madeira, por que não ajudar plantando?

Papel: Não há no mundo país que tenha um substituto para o papel vindo da madeira de árvores, sendo produzido em larga escala. Preocupante? Então imagine quantas árvores você já usou e vai usar só com papel!

Oxigênio: Você respira? Bem, pode não conseguir mais daqui alguns anos. A poluição gerada pelas grandes cidades está desequilibrando a quantidade de oxigênio no mundo! E uma novidade: Estudiosos afirmam que florestas muito antigas, que já atingiram seu equilíbrio, produzem a mesma quantidade de gás carbônico (liberado a noite) que a de oxigênio. E que florestas jovens, para poder crescer, liberam muito mais oxigênio do que gás carbônico. Isso significa que plantar uma árvore é produzir oxigênio !
Frutas: Quem não gosta de uma boa fruta? Mas não pense que elas são produzidas em laboratório. Elas chegam à sua mesa, pois árvores às produziram. E se você fizer as contas deve ter gasto com frutas o bastante para ter mais de 100 pés de cada fruta que você gosta. Mesmo porque o gasto em se ter uma árvore é quase zero.
Fauna: Que delícia ouvir o canto dos pássaros logo de manhã ! Pois então! Plante uma árvore perto de sua casa e ouça o resultado! Se você estiver em zona rural, ou próximo a alguma floresta, ainda poderá receber a visita de diversos animais da fauna brasileira.

Informações do site: www.arvoresbrasil.com.br

Lembre-se: A cada 10 visitas no blog uma árvore será plantada.
O blog Unisustentável tem parceria com a Tractebel Energia.

Visite a página da empresa: www.tractebelenergia.com.br

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Reciclagem: boa vontade e deveres

Grande parte da coleta seletiva depende de nós

Reciclar significa reutilizar produtos usados e transformá-los em objetos novos para o consumo. Após a década de 80, a produção de embalagens e produtos descartáveis cresceu significativamente, assim aumentando consideravelmente a produção de lixo. Algumas ações sustentáveis para a reutilização de plástico, metais e papel já estão sendo tomadas. Atividades como a coleta seletiva de lixo já é comum em Tubarão. Porém, a maior dificuldade quanto à reciclagem é a conscientização e separação do lixo por cada um dos cidadãos.

Algumas pessoas já separam o lixo reciclável do orgânico em casa, a fim de facilitar a coleta. Porém, mesmo com a coleta seletiva, muitos prédios e condomínios fechados na cidade ainda não têm um sistema de separação de lixo adequado. Valquíria Borges, que mora em condomínio há mais de quinze anos, separa o lixo reciclável do orgânico. Afirma que a separação do lixo depende apenas da boa vontade dos moradores, pois o lixo se mistura novamente na lixeira e vão para o mesmo aterro. “Eu conheço poucos lugares que realmente separam o lixo. Mas a iniciativa não tem que vir apenas dos governantes, cada um tinha que ter consciência e fazer sua parte”, completa Valquíria.

Além de preservar o meio ambiente, o processo da reciclagem também gera riquezas e empregos. Os materiais mais reciclados, como o vidro, o alumínio, o
papel e o plástico, têm grande procura no mercado, recondicionados ou não. Assim, essa contribuição ajuda na diminuição da poluição do solo, água e ar. Muitas indústrias buscam hoje reciclar materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.

 Por Renan Fernandes

sábado, 5 de novembro de 2011

Pilhas e Baterias, os riscos e cuidados.

Entenda que procedimentos devem ser tomados com relação ao descarte correto destes materiais. Saiba ainda onde você pode deixar pilhas e baterias no município de Tubarão.

A busca pela praticidade de equipamentos móveis, como celulares e máquinas fotográficas, tem aumentado gradativamente o uso de pilhas e baterias. Elas estão no dia-a-dia de cada ser humano, servindo de auxílio para a mobilidade e “vida” de alguns objetos, um exemplo são os brinquedos infantis movidos a pilhas ou baterias. No entanto, as facilidades tendem a se transformar em dificuldades no futuro.

Descartar estes materiais é uma tarefa cada vez mais complicada. As pilhas e baterias, com o passar do tempo, jogadas no lixo ou mesmo guardadas em casa, podem se oxidar e vazar substâncias tóxicas. Especialmente as de origem metálicas, tais como chumbo, mercúrio e cádmio. Estes causam inúmeros danos ao meio ambiente e também podem acarretar problemas de saúde.

Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA, as pilhas e baterias devem receber um destino adequado. No município de Tubarão existem alguns postos de coletas destes materiais. A Unisul recolhe materiais tanto na biblioteca, quanto em alguns blocos da universidade, como o Cettal. De acordo com Mary Adriana Dehr, responsável pelo setor de segurança da universidade, esta iniciativa é muito importante. “Nós estamos a um ano com o projeto de recolhimento destes materiais e só ano passado recolhemos cerca de 100kgs de pilhas”. 

O material recolhido é destinado à empresa Tractebel Energia, localizada em Capivari de Baixo. “Hoje em dia é muito difícil alguém recolher este tipo de material e dar um destino adequado, pelo fato deste trabalho ser muito caro”, destaca Mary. A empresa, Gerenciamento de Resíduos Industriais (GRI) é responsável por recolher os materiais enviados a Tractebel Energia e dar um destino adequado aos mesmos. A empresa de origem paulista tem filiares em todo o Brasil. Sidney Volpato, um dos funcionários da empresa afirma que é um trabalho necessário. “Esta é a única filial da empresa que temos que em Santa Catarina. E atualmente as empresas deveriam fazer este tipo de serviço por ser tão importante ao meio ambiente e ao ser humano”. As pilhas e baterias ao serem recolhidas passam por reciclagens, tratamento ou disposição final. Muitos produtos conseguem ser reaproveitados. “Os resíduos de pilhas e baterias coletados na Usina, são devidamente condicionados conforme as normas, possuindo como destinação adequada, os aterros industriais controlados e a reciclagem, em empresas especializadas”, diz Sidney. 

As pilhas e baterias são compostas por metais pesados. Quando descartados em lixos comuns, liberam toxinas que se encaminham para os lençóis freáticos, córregos e riachos. Muitas vezes isto contamina a biodiversidade do local e também a água, principal fonte de contaminação humana.

Neste caso, algumas alternativas sustentáveis surgiram para diminuir o impacto ambiental. As pilhas alcalinas, por exemplo, não representam danos ao meio ambiente e podem ser descarregadas em lixos comuns e encaminhadas a aterros sanitários. Outro fator é que a maioria pode ser recarregável e armazenada, podendo ser utilizadas por cerca de quatro anos. O problema é que estes modelos ainda têm um alto custo, o que diminui o consumo.

No Brasil, de acordo com o CONAMA, 70% da população utiliza as pilhas comuns pelo fato de terem um preço acessível, enquanto que as pilhas alcalinas ficam com apenas 30%. “Percebe-se muitas vezes que a falta de informação das pessoas é o fator responsável pela degradação do meio ambiente, através destes materiais. Por isso é de alta relevância dar um destino correto a pilhas e baterias”, finaliza Mary.


Ouça entrevista com Sidney Volpato:



Por: Maria Julia Goulart

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um estímulo à qualidade de vida

Alimentos orgânicos cresce uma média de 30% ao ano por oferecer uma alternativa saudável e contribuir com o meio ambiente

Alimentos mais saudáveis e sem agrotóxicos. Esta é a proposta dos produtos orgânicos. Seguindo uma legislação específica, os produtores priorizam o equilíbrio sustentável e baseiam-se em processos que protegem o meio ambiente.

Apesar de ser em média 20% mais caro, o consumo destes alimentos vem crescendo em torno de 30% ao ano, segundo informações do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae.
O preço diferenciado está diretamente ligado ao processo de produção, de acordo com a nutricionista Flávia Alberton. “A produção é em baixa escala. Além disso, como visa a sustentabilidade ambiental e não são usados pesticidas ou fertilizantes sintéticos. Por isso se torna também mais cara”, afirma.

Flávia explica ainda que para obter a certificação de alimento orgânico é necessário seguir alguns procedimentos. “Utilizar recursos naturais em todas as etapas do processo de produção, armazenamento, distribuição e comercialização”. Também é preciso ser certificado por uma empresa especializada.

Segundo o engenheiro agrônomo Thiago Koscrevic, para a produção orgânica é necessário mão de obra que está em falta no mercado. “A agricultura em geral está tendo problemas para encontrar mão de obra. No caso dos orgânicos, é ainda mais complicado porque precisamos de mais pessoas para produzir a mesma quantidade de alimentos que o produtor convencional”.

A produtora rural Silvete Koscrevic destaca que a preocupação com a saúde levou a família a trocar a produção tradicional pela orgânica. ”É um produto mais saudável”, argumenta.
“Alguns estudos demonstraram que os alimentos orgânicos são mais nutritivos, apresentam maior quantidade de vitaminas, minerais e menor quantidade de metais tóxicos”, esclarece Flávia, ao advertir que as pesquisas sobre o assunto ainda estão no começo.


Ouça parte da entrevista:


Por Lilian Demo

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sustentabilidade: um trabalho de conscientização

Pequenas medidas podem fazer a diferença no padrão de vida

No corre-corre do dia-a-dia da sociedade capitalista vivemos em busca do tempo, tão escasso ultimamente. Acordamos ao som de buzinas dos carros que congestionam diariamente as grandes cidades. Esquecemos os meios alternativos de deslocamento e optamos pelos automóveis. É um vai e vem constante serpenteando entre os prédios das cidades, lotando ruas e avenidas em busca de alguns minutos a mais em nossos dias.

Esta realidade traduz o colapso do planeta, a falta de espaço físico para tantas máquinas e prédios. Respiramos um ar poluído, recebemos altas taxas de raios ultravioleta, devido ao imenso buraco causado na camada de ozônio. Árvores são raras de se encontrar e as poucas que restam encontram-se ameaçadas pela poluição e a expansão das cidades.

Muito se fala da falta de novos acessos, de adaptação das vias para melhorar o escoamento do trânsito e quase nada da necessidade de conscientização por parte dos cidadãos em preservar o meio ambiente. Deixar a comodidade de lado e fazer uso de transportes coletivos ou meios menos poluente, como o ciclismo ou a prática da caminhada raramente é discutida.

Envelhecimento com saúde e o amor pelo esporte foram uns dos motivos que levaram o médico nefrologista, Celso Lufchitz, a adotar um comportamento ecologicamente correto. “Criciúma é uma cidade muita compacta, tudo muito perto. Então eu vislumbrei que conseguia me deslocar para os meus locais de trabalho de bicicleta em três ou cinco minutos, enquanto as outras pessoas pegavam congestionamento. A bicicleta me ajuda demais”, destaca.

Lufchitz relata que adotou práticas autossustentáveis há seis anos. Inicialmente ia e voltava do trabalho correndo, e que com o passar do tempo adotou a bicicleta nos dias em que não chove.

A rotina de trabalho, que concilia em quatro lugares diferentes, segundo o médico, se tornou menos cansativa com o padrão de vida alternativo. “Saí do consultório. Foi um dia super pesado, de cabeça cheia. Agora já estou leve, pensando em fazer a minha corrida de hoje à noite”, compartilha Lufchitz, após cumprir as atividades diárias: duas horas de consultoria médica, atender pacientes durante as seções de hemodiálise da Nefroclínica, realizar as consultas particulares e as seções de litotripsia do Centro de Tratamento de Cálculos Renais de Criciúma.

Para o nefrologista, o problema do país é a falta de educação no trânsito. “Se eles te atropelarem você foi apenas mais um a ficar todo machucado. A lei não pune”. Segundo ele, os carros passam muito perto ameaçando a vida dos ciclistas e os pedestres não são respeitados. “Para andar de bicicleta tem de ser muito corajoso. Não tem pista, nem sinalização. Os motoristas acham que estamos atrapalhando o trânsito”, salienta Lufchitz.

Em 2010 o estado atingiu a marca de 39.677.200 veículos automotores registrados no Departamento de Trânsito de Santa Catarina, Detran-SC. Segundo o presidente da Autarquia Segurança Trânsito e Transporte de Criciúma, ASTC, Mauro César Sonego, a cidade precisou passar por melhorias para conseguir comportar o número de veículos circulando. “Implantamos o sistema de estacionamento rotativo, no qual o condutor paga uma taxa pelo tempo de permanência na vaga. O sistema de transporte coletivo passou por melhorias e uma nova frota de veículos foi adquirida”, destaca.

De acordo com Sonego, Criciúma não tem infraestrutura para comportar o fluxo de veículos diário da cidade. “Foi desenvolvido o Anel Viário Externo para desviar os transportes de carga e a via expressa do ônibus foi totalmente concretada para melhorar e aliviar o tráfego”, explica.

Entre os usuários do transporte coletivo, as queixas são diversas: super lotamento nos horários de pico, falta de lugares para idosos, adequação dos veículos para portadores de deficiência e más condições de alguns veículos. “Tem pouco ônibus e muita gente, demora muito para vir. Quando vêm um, vêm um atrás do outro. A gente tem de ficar muito tempo na parada esperando”, afirma a costureira Luiza Girai.

Sonego destaca que o transporte coletivo do município é modelo, pois conta com a Avenida Centenário, que liga os dois extremos da cidade, além do sistema de tarifas que permite circular entre um terminal a outro sem ter que pagar taxas adicionais. Em 2011, foi realizada a recuperação das placas de sinalização do trânsito para facilitar o deslocamento na cidade.


Para Lufchitz, o Brasil tem muito a aprender com outras nações. “Lá na Europa, por exemplo, o ciclismo é muito mais valorizado, muito mais respeitado. Um problema em Criciúma e no país como um todo é que o pessoal não tem educação no trânsito”, afirma o médico, ao defender que a mudança está nas mãos das futuras gerações. “Os meus filhos são muito rigorosos na separação de lixo, na prática sustentável e ecologicamente correta, porque já cresceram com esses hábitos, foram educados para isso”, completa.


Ouça parte da entrevista com Celso Lufchitz:



Por Daiana Carvalho

Renda extra e cidade limpa

O trabalho do catador de lixo garante o sustento da família




Nos países altamente industrializados, onde a maioria da população tem alto poder de consumo, uma família média produz uma tonelada de lixo por ano. A maioria consiste em papel de embalagens e desperdício de alimentos. Boa parte do lixo poderia ser reciclada e usada novamente.

Em diversas cidades brasileiras foram criadas cooperativas de catadores de lixo, que separam o material e vendem às indústrias recicladoras. Assim, eles colaboram para a limpeza das ruas e garantem uma renda fixa. Infelizmente nem todas as cidades possuem programas de reciclagem, como é o caso de Jaguaruna. Mas, apesar de não ter cooperativas, existem pessoas que realizam esse trabalho.

É o caso do catador Adenilson Vieira Damásio, 27 anos, funcionário da prefeitura de Jaguaruna, residente do loteamento Paulo Cruz. Ele faz diariamente coleta de lixo no centro da cidade e também no balneário Arroio Corrente há aproximadamente 10 anos. “Esse trabalho é muito importante para mim, pois eu realizo nas horas vagas e ajuda bastante a melhorar a minha renda”, destaca. O material coletado, na grande maioria papelão e plástico, é comercializado para compradores de Tubarão e, às vezes, de Criciúma. A renda extra adquirida nas horas vagas chega 200 e 300 reais por mês.




Na Câmara de Vereadores o assunto foi abordado por diversos edis. Um dos mais ferrenhos em apoiar a implantação de um centro de triagem para separar o lixo reciclável do orgânico é o vereador Geraldo Garcia (PP). “Se nós tivéssemos um centro de triagem no município, além de trazer mais empregos, estaríamos colaborando para manter a cidade mais limpa e ainda diminuindo os nossos gastos com transporte de lixo para o aterro sanitário”, destaca o vereador.

De acordo com dados da Vigilância Sanitária, atualmente no município de Jaguaruna, entre os meses de abril e dezembro, considerados de baixa temporada, são recolhidas mensalmente 180 toneladas no centro e comunidades próximas e 70 toneladas nos balneários. Entre os meses de janeiro e março são recolhidas 140 toneladas no centro e nas comunidades vizinhas e 850 toneladas nos balneários. O valor pago por tonelada para coleta e transporte do lixo é de R$ 95,76 nos balneários e R$ 93,70 no centro. Para o depósito no aterro sanitário, é pago R$ 83,00 por tonelada.

Por Vanderleia Pereira

Natal verde

Cidades ganham decoração de fim de ano com materiais reciclados

Antes mesmo de chegar às vésperas do Natal, todas as cidades do Brasil se preparam para enfeitar as ruas e entrar no clima da data do nascimento de Jesus. E nada mais justo que, em tempos de todos pensando em sustentabilidade, as decorações dos municípios serem feitas por completo de materiais recicláveis.

Desde o início do ano, Garopaba já preparava uma equipe que pudesse lidar com os materiais, desde sua coleta até o reaproveitamento, transformado por fim em matérias de decoração natalina. Foram arrecadadas garrafas pet e caixas de leite em escolas públicas. Rosa Cabral, autora da ideia, foi quem ficou responsável por escalar uma equipe de profissionais, bem como entregar um projeto que estivesse dentro do orçamento da cidade, à prefeitura. “Quando apresentei a ideia ao prefeito, fiz questão de enfatizar os três R’s que são a base do projeto: reduzir, reutilizar e reciclar. O projeto quer, além de decorar a cidade, levar uma consciência maior à comunidade”, frisa Rosa, que também é a coordenadora do Natal Cristo Luz de Garopaba.

Após o prefeito da cidade aprovar a ideia, tendo como base do projeto a contribuição para a melhoria da qualidade de vida e sustentabilidade do município, começou a busca por um grupo para realizar o trabalho. A equipe é formada por cerca de 30 pessoas, que fazem parte de diferentes segmentos, mas que são moradores da própria cidade da Garopaba. O grupo de mães, junto com jovens portadores de alguma deficiência, donas de casa e cidadãos da comunidade em geral, são os responsáveis por confeccionar os enfeites.

Quando contatada, a idealizadora ficou surpresa com a possibilidade de divulgação do trabalho, pois já havia trabalhado anteriormente na decoração natalina sustentável em outra cidade, mas não tinha sido procurada por interesse jornalístico. “Sempre fui procurada para ser elogiada pelo projeto, mas nunca com o interesse de divulgar”. Ela conta ainda que desde os projetos anteriores, o grande sentido era aliar a decoração à preservação ambiental. Rosa sempre estimulou as pessoas a separar o lixo, e juntou tudo em uma ideia que poderia também valorizar os espaços públicos que não são ‘vistos’.

A autora define todo o projeto em uma simples frase, que tenta mostrar um pouco do trabalho que ela e uma equipe realizam. ”Garopaba este ano terá um Natal que vai além de decoração. Esperamos desvencilhar a data do comercial somente, vivenciando o amor, a troca e o respeito à sustentabilidade”. 

Por Rui Souza Neto

Destino certo para o lixo

Empresa de reciclagem contribui com o meio ambiente e movimenta a economia

Sustentabilidade, aquecimento global, proteção ao meio ambiente são algumas das palavras que se têm se ouvido com bastante frequência. E não é à toa. Uma palavra está relativamente ligada à outra. Juntas fazem muito sentido com o que se está vivendo nos dias atuais. A reciclagem e a reutilização de um material que poderia ir para o lixo, por exemplo, são as formas mais sustentáveis do mundo. Significam muito mais do que apenas produzir um novo. Significam, além disso, a geração de emprego e renda para muita gente. Um ato ecológico que contribui para diversos setores da economia e principalmente para o meio ambiente.          


Todos os dias são descartados cerca de 50% de lixo que poderia ser recuperado e reutilizado como matéria prima, na confecção de novos produtos. Em Santa Catarina várias cidades fazem a reciclagem de lixo.  No município de Laguna, a Louber Ambiental faz esse trabalho de reaproveitamento dos resíduos.

O processo da empresa começa na coleta de lixo nas ruas. Aquilo que é coletado é separado nos centros de triagem. Ali é feito o primeiro passo da reciclagem. Logo em seguida o material selecionado irá para lavagem. Depois de limpos e secos os resíduos são superaquecidos e transformados em polietileno. Esse é o ultimo passo. Depois segue para outras empresas que irão fabricar novos produtos. Tudo aquilo que não é aproveitado na reciclagem é descartado no aterro sanitário.




De acordo com uma pesquisa do site Planeta Sustentável realizada no ano passado, o Brasil reciclou nove bilhões de latas de alumínio, o equivalente a 121 mil toneladas. Isso significou 97,5% da produção nacional, o que torna o país campeão mundial na reciclagem do produto.

Para o proprietário do Grupo Louber Ambiental, Itamar da Silva Mattos, a empresa não é apenas focada no trabalho com a reciclagem, mas também na viabilização social. “Os catadores de lixo não tinham salários fixos, não tinham carteira assinada e não recebiam os benefícios que um trabalhador tem direito. Com intuito de minimizar agressões ao meio ambiente, criamos a Louber, que é referência de empresa que recicla”, salienta.

Os trabalhos na Louber Ambiental vão muito além da reciclagem de resíduos. Há várias parcerias que a torna uma empresa sustentável, fazendo seu papel em defesa do meio ambiente. “Fizemos parcerias com empresas de soluções ambientais e sindicato de postos de combustíveis, passando a atuar na limpeza da caixa separadora de água e óleo, e coleta de resíduos industriais perigosos, chamados de classe I, atendendo toda região de Santa Catarina”, explica Mattos.


No rosto de cada um, o trabalho e coragem de querer vencer na vida com consciência e respeito ambiental.



Ouça parte da entrevista:


Por Murilo Medeiros

Política ambiental em pauta

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei sancionada em agosto de 2010, e que entrou em vigor no dia primeiro deste ano, exige responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o que abrange fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e também consumidores.

Com o objetivo de garantir a eficácia, o decreto estabelece infração administrativa ambiental nas situações de descumprimento das obrigações relacionadas à coleta seletiva e logística reversa. Ao cometer o desvio de conduta, em uma primeira vez, o consumidor estará sujeito à penalidade de advertência. Caso seja reincidente, ele poderá sofrer autuação e multa em valores que variam de R$ 50 a R$ 500.

De acordo com as novas regras, os envolvidos na cadeia de comercialização dos produtos, desde a indústria até as lojas, deverão estabelecer um consenso sobre as responsabilidades de cada parte.

Depois de utilizados, os produtos referidos e os seus resíduos (lixo que pode ser reaproveitado ou reciclado) deverão ser devolvidos pelos consumidores aos fornecedores que, por sua vez, terão a missão de destiná-los de forma correta independentemente do sistema público de coleta de resíduos. Afinal, empresas e consumidores têm até o final desse ano para regularizarem suas situações, sobretudo onde é realizado os sistemas de coleta seletivo.

Mesmo diante da fase de implementação, a cidade de Tubarão tem números otimistas para apresentar. Na Cidade Azul são recolhidas aproximadamente 60 toneladas de lixo reciclável por mês. E realiza um trabalho de coleta seletiva em 90% dos bairros. Uma economia de cerca de R$ 5,4 mil aos cofres públicos.

Contudo, o Secretário de Urbanismo e Meio Ambiente, Carlos Ghislandi, ressalta a necessidade de educar a população sobre a importância de separar os dejetos. “Hoje é realizado um trabalho educativo em escolas, empresas, clubes de mães e de idosos. Contamos com o apoio do Ministério Público e do Sesc, entre outras instituições. E sabemos que conscientizar é fundamental, porque é com educação que se muda a atitude”.

Segundo Carlos, a meta é que a coleta seletiva abranja 100% de Tubarão. Durante todo o ano estivemos trabalhando para reeducar as pessoas. A partir do ano que vem, multas serão aplicadas a quem não se enquadrar. Paralelamente a isso, a prefeitura investe nas cooperativas de catadores de materiais recicláveis.

Por Mariana de Medeiros

Equilíbrio com sustentabilidade e responsabilidade


Quando se fala em uso excessivo de agrotóxico, logo em seguida atribui-se a culpa aos agricultores, o que nem sempre é justo. Geralmente, os responsáveis estão distribuídos em toda sociedade, representada principalmente pelos consumidores. Em muitos casos, estes valorizam mais a aparência do que a qualidade dos alimentos. Mas também o governo tem responsabilidade por não adotar um sistema de gestão do uso de agrotóxicos tecnicamente mais adequados.

É preciso que o consumidor saiba que na agricultura tem vários sistemas de produção de alimentos com referência ao uso de agrotóxicos, conforme relata o engenheiro agrônomo Geraldo Boêger Eller. Entre esses sistemas estão o orgânico, o convencional de produção integrada, o convencional não integrado e não transgênico e o convencional transgênico.

De acordo com Eller, o sistema orgânico é aquele em que não se utilizam agrotóxicos e que proporciona a produção de alimentos com melhor qualidade nutricional, além de segurança alimentar e ambiental. É preciso que o consumidor entenda que o alimento orgânico não é mais caro que o alimento convencional. Apenas que possui um preço maior por quilo de produto, o que é compensado pela qualidade superior.

O integrado é um sistema convencional em que se utiliza agrotóxico, porém sempre respeitando a legislação. Os usos de diversas técnicas agronômicas permitem um bom controle no uso de insumos e eficiência técnica, com qualidade de alimentos e ambiental razoável.

O sistema convencional não transgênico é mais comum. Utilizam-se agrotóxicos e outras técnicas, porém não são usada sementes transgênicas. A qualidade dos alimentos é variável de acordo com o manejo adotado na lavoura.  O impacto ambiental é observado mais frequentemente.

Já o sistema convencional transgênico utiliza agrotóxicos disponíveis e considerados necessários, além de sementes transgênicas. A qualidade dos alimentos e o impacto ambiental são pouco conhecidos ainda e dependem de vários fatores, como clima, solos, manejo e outros.          

O consumidor precisa habituar-se a consumir alimentos com critérios de qualidade nutricional e reduzir o hábito de adquirir aquilo que é apenas mais bonito e mais barato. “Na minha casa consumimos de preferência sempre produtos orgânicos, valorizando a procedência e a sustentabilidade ambiental, diz a dona de casa Adelina Sartor Nandi.

Segundo o produtor rural Olírio Viel, a maioria dos problemas pode ser solucionada com medidas simples, como educação e fiscalização. Agricultores bem informados respeitando o meio ambiente e dando o destino certo das embalagens e com noção sobre efeitos dos agrotóxicos saberiam adquiri-los e aplicá-los de forma adequada. Enquanto isso, os órgãos governamentais competentes garantiriam os níveis corretos dos produtos de qualidade, com composição conhecida não contendo resíduos nocivos a saúde e gerando sustentabilidade, em agregação de valores entre emprego e renda familiar, explica.

Por Lindomar Bonelli

Além das ondas do rádio

A Rádio Bandeirantes faz o recolhimento de pilhas mensalmente

Há um bom tempo as pessoas conhecem cada vez mais o que venha a ser ‘sustentabilidade’. Não é mais difícil encontrar empresas que adotam medidas para um futuro mais sustentável. Exemplos não faltam. O mais comum, a coleta seletiva de lixo. Várias cidades pelo país e pelo mundo a adotam como uma forma de “organizar” o lixo de casas e estabelecimentos.

Do início ao fim do dia, no ir e vir, as pessoas vão deixando rastros: embalagens de biscoitos, de produtos de higiene, copinhos de café, sacolas plásticas, restos de alimentos, papeis e tantos outros vestígios que se perde a conta.

Dentre esses rastros, o descarte de pilhas é algo muito discutido. São mais de um bilhão de pilhas comercializadas no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira de Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE). Assim como uma quantidade enorme chega às mãos do consumidor, uma quantidade também enorme sai das mãos do consumidor. E a grande maioria vai parar nas latas de lixo. Mas a pergunta que fica é ‘O que fazer com as pilhas usadas?’. Algumas empresas fazem esse tipo de reciclagem, onde os funcionários depositam as pilhas já usadas em garrafas pets.

A Rádio Bandeirantes de Tubarão é uma das empresas que adotou essa forma de sustentabilidade e faz o recolhimento de pilhas. Após recebimento, são enviadas para empresas responsáveis que dão o destino correto. E com isso não deixam que as mesmas prejudiquem o meio ambiente. Elas causam danos quase que irreparáveis dependendo de onde são depositadas. Em contato com a água e outros organismos vivos, os metais que compõe esse produto formam uma cadeia de contaminação. Causam um impacto maior na zona rural já que são bastante usadas pelos moradores do interior.

Para a funcionária da Rádio Bandeirantes, Simone Canalis, que é a responsável pelo recolhimento das pilhas, entregar o material para a reciclagem é a parte que qualquer pessoa ou empresa pode fazer. “Ao consumidor com consciência ecológica, um bom caminho é saber como é essa reciclagem, para que ela se torne uma realidade maior no futuro, além de conhecer um pouco melhor os produtos derivados”, explica.


Ouça parte da entrevista:


Por Laércio Botega

O futuro depende do seu olhar

Reciclagem de óleo conserva o meio ambiente e se transforma em biodiesel

Criado pelo governo do estado, o projeto “De óleo no futuro” visa ao recolhimento e ao destino correto do óleo de cozinha. São três processos que resultam na diminuição do impacto ambiental: coleta, reciclagem e beneficiamento do óleo.

O programa abrange o óleo vegetal de cozinha, um dos produtos mais utilizados nas residências, bares, hoteis e restaurantes na preparação de alimentos. Ele pode causar sérios danos ao meio ambiente se o seu destino após o uso não for adequado. Quando despejado na rede de esgoto, no ralo da pia, ou em algum outro local pode causar danos ao meio ambiente, como alteração do PH da água, morte de plantas e animais aquáticos, além de contaminar centenas de litros de água.

Na região do Vale, o projeto foi lançado pela Secretaria de Desenvolvimento Regional de Braço de Norte em março deste ano. Conta com a participação de escolas municipais e estaduais, incluindo o comércio e abrangendo a rede de restaurantes e lanchonetes. Nesses pontos de arrecadação, a empresa responsável faz a coleta e o óleo passa por um processo de beneficiamento e é transformado em biodiesel.

Na escola de Educação Básica Nossa Senhora de Fátima, de Rio Fortuna, participante do projeto, o que ainda falta é incentivo por parte dos alunos. “Na nossa escola estadual, são poucos os que trazem óleo para a coleta, por isso é preciso estimular os alunos. Vejo que é necessário por parte do governo criar estratégias de estímulo, bem como brindes para quem traz mais óleo”, diz a diretora Jaqueline Willemann Roecker.

Outro ponto de coleta em Rio Fortuna é a Escola Municipal José Boeing, que arrecada por mês vários litros do óleo de cozinha.  A diretora Romeli Darolt Machado diz que o projeto veio em boa hora. “Na região, é grande o uso do óleo, e não sabíamos como descartar de forma correta esse material. Muitos alunos do centro trazem à escola, guardamos até que a empresa responsável recolha e faça o aproveitamento.”

A reciclagem permite que o óleo passe a servir de matéria-prima para a fabricação de sabão, tintas e biodiesel, que são usados diariamente pelas pessoas. No interior, as próprias famílias reaproveitam o óleo para fazer sabão e alimentar os animais.  Já a empresa Biodiesel Sul, de Içara, é a única credenciada em Santa Catarina para fazer essa arrecadação. Eles têm capacidade de armazenar 600 mil litros de óleo por mês, mas só arrecadam 120 mil.

Na escola José Boeing, os alunos que mais trazem o óleo para a coleta são retribuídos com materiais didáticos. “Nós proporcionamos ao aluno o reconhecimento por sua atitude sustentável, também servindo como estímulo. Disponibilizamos lápis, canetas, cadernos a quem traz para escola o óleo de cozinha. É feito um controle administrativo dessa parte”, comenta a diretora.

Nos restaurantes, o volume de óleo usado na preparação dos alimentos é significativo. Por semana pode corresponder a 50 litros. E se somados aos demais restaurantes da região pode gerar praticamente em torno de 2.000 litros. O proprietário do Hotel e Restaurante Rio Fortuna, Ceno Buss, diz que há mais de cinco anos participa do programa de beneficiamento do óleo. “Todo mês o óleo é guardado para a empresa responsável recolher. O uso desse material no restaurante é indispensável, mas o descarte correto só depende de nós.”

De acordo com o gerente de Desenvolvimento Sustentáveis e Agricultura, Mário Jorge Danielski essas ações são a defesa do meio ambiente, pois é reaproveitado algo que seria nocivo para a natureza. “Dessa forma ajudamos a manter a qualidade dos nossos mananciais, do nosso solo, além de conscientizar as crianças, pais e professores para o manejo sustentável dos produtos industrializados”.



Instituído pela lei estadual nº 14.330, de 18 de janeiro de 2008, o Programa Estadual de Tratamento e Reciclagem de Óleos e Gorduras de Origem Vegetal, Animal e de Uso Culinário tem como objetivo a adoção de medidas de proibição de lançamento ou liberação de poluentes nas águas ou solo. O objetivo é conscientizar os alunos e a sociedade em favor do meio ambiente, favorecendo assim a exploração econômica da reciclagem dos óleos e gorduras em questão, desde a coleta, transporte e revenda, até os processos industriais de transformação, de maneira a gerar mais emprego e renda para os catarinenses.


São quatro argumentos que justificam esse projeto, que beneficia não só meio ambiente, mas sim todos que o habitam. O futuro do planeta depende das ações desenvolvidas, para que todos tenham melhor qualidade de vida.


Saiba mais

  • Um litro de óleo despejado nos rios polui até um milhão de litros de água.
  • O óleo contamina o solo e o lençol freático e também o impermeabiliza causando enchentes.
  • Quando o óleo chega ao oceano, em contato com a água salgada, libera gás metano, grande causador do efeito estufa e um dos responsáveis pelo aquecimento global.
  • Quando despejado no ralo pode provocar o entupimento das tubulações da rede de esgoto, aumentando em até 45% o custo do tratamento do esgoto.

Ouça trecho da entrevista com a diretora Romeli Darolt Machado




Por Késsia Meurer

Crescimento sustentável

Restos de borracha são reciclados e reaproveitados na construção de casas populares

Uma das preocupações da humanidade nos últimos tempos, além de fomentar o crescimento do país, é a conservação do meio ambiente. Por isso o homem tem cada vez mais investido no desenvolvimento sustentável. Embora ainda esteja num estágio relativamente baixo, grandes empresas, indústrias e, obviamente, o próprio ser humano, começaram a enxergar a necessidade de olhar cuidadosamente para o planeta.

E é por ter o pensamento voltado à sustentabilidade que empresas mudaram alguns princípios. O cuidado ocorre nas mais variadas áreas de atuação, gerando reflexos positivos inimagináveis para o meio ambiente. Dedicada à produção de artigos esportivos e ortopédicos, a fábrica do Grupo Hidrolight do Brasil, cuja matriz está instalada na cidade de Garopaba, já se dedica a estes cuidados.

Restos de E.V.A. (borracha) utilizadas para a produção de materiais de hidroginástica, por exemplo, estavam acumulados há alguns anos no pátio da empresa. Após passar uma temporada sem saber qual o melhor destino para o montante acumulado, os proprietários passaram a enviá-los à outra empresa, localizada em Tijucas, 55 quilômetros a norte de Florianópolis, conforme explica a diretora de Marketing do Grupo, Camila Borges.

Eles são triturados e transformados em brita leve que, posteriormente, é comprado pelo Governo Federal e utilizados na construção de casas populares. “Para o mesmo lugar que vai o pneu de carro é enviada a borracha”, explica, e acrescenta que “só existem quatro fábricas desta no Brasil”.

O procedimento deveria ser realizado pela empresa que vende a borracha para a Hidrolight. Porém, como a realidade é outra, já se estava, inclusive, idealizando a construção de um galpão anexado à fábrica para reciclagem deste material, segundo Camila. “A gente já estava pesquisando há uns dois anos sobre o que fazer com isso. Então nós achamos esta fábrica no início deste ano”, explica.

A empresa recebe resíduos de toda a região sul do país. Para a Hidrolight, os gastos são apenas com o transporte. “É mais do que obrigação do fabricante dar um destino ao lixo que sobra”, ressalta Camila.

O acúmulo deste lixo não acarreta em multa para os proprietários, pois não é depositado no meio na rua. Entretanto, a diretora salienta que “dentro (do lixo) pode ter criação de cobras, que daqui a pouco pega numa criança ou em cachorros. A gente tem que limpar, até para fazer nossa parte como cidadão”.

Em paralelo aos restos de E.V.A., a Hidrolight já utiliza papeis de reflorestamento nos folders e materiais de divulgação dos produtos, com o selo ISO 9001. O devido tratamento aos resíduos da produção na fábrica, além de colaborar com o meio ambiente através da reciclagem, é transformado em moradia para desabrigados em todo o país.

Integrando um ciclo de colaboração ser humano – meio ambiente – ser humano, é o homem o maior beneficiado com as boas ações. As atitudes de preservação conservam o planeta e proporcionam bem estar ao mesmo homem, gerando uma verdadeira reação em cadeia.


Ouça parte da entrevista com Camila Borges:



Por Heloiza Abreu

O caminho da reciclagem

Prefeitura de Gravatal promove coleta seletiva em parceria com as escolas

Atualmente uma das grandes preocupações da sociedade é com o destino do lixo. Segundo site do Grupo Bandeirantes, cada brasileiro produz de 600 gramas a um quilo de lixo por dia. Multiplicando este número pela população brasileira atual, são mais de 240 milhões de toneladas de lixo produzidos diariamente. De acordo com a associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), apenas 2% de todo este lixo é reciclado.

O processo de reciclar significa transformar objetos ou materiais usados em novos produtos para consumo. Hoje existem outras maneiras alternativas para o destino do lixo, além da reciclagem. A incineração, a queima, é a alternativa menos aceitável, pois provoca graves problemas de poluição atmosférica. A compostagem é outro processo que transforma o lixo orgânico em adubo.

A reciclagem é a forma mais eficaz de eliminação de resíduos, pois o material usado volta para o ciclo de produção e pode ser reutilizado. Além de trazer vários benefícios, como a economia de energia e a diminuição de lixo nos aterros e lixões. Os vários tipos de papeis, plásticos, metais e vidros, que podem durar de três meses a 10 mil anos para se decompor, são alguns exemplos de materiais recicláveis.

A regra dos 3 RS é uma maneira de ajudar as pessoas que desejam preservar o planeta. Significam reduzir, reutilizar e reciclar. Segundo essa teoria, o primeiro passo seria reduzir o que consumimos, depois reutilizar as coisas antes de jogá-las fora, para por fim reciclar. No entanto, a reciclagem não é a solução total para o problema do lixo. Ela apenas minimiza as consequências, pois nem todo tipo de lixo pode ser reciclado.

A coleta seletiva tem sido uma das grandes aliadas para aqueles que desejam reciclar. Através dela o lixo é separado para que seja enviado para reciclagem. O processo baseia-se em não misturar materiais recicláveis com o restante do lixo. A coleta pode ser feita por um cidadão sozinho ou organizada por comunidades.

Um projeto da Prefeitura Municipal de Gravatal, juntamente com a Secretaria de Educação, visa promover a coleta seletiva na cidade, através das escolas municipais e centros educacionais infantis (CEI). As escolas e os CEIs promovem campanhas para arrecadar materiais, que serão enviados para reciclagem.

A secretária de educação nos procurou, para saber se tínhamos interesse em participar do projeto. Colocou-nos a proposta e nós aceitamos. Organizamos uma reunião com os pais, para mobilizar as famílias sobre o projeto,” diz a diretora do CEI Mickeylândia, Angelita Veronez.

Ainda segundo a diretora, não são só os pais que estão ajudando. A comunidade e os comerciantes estão empolgados, já que possuem diversos materiais que podem ser reciclados, mas não sabem onde depositar para que possam ser enviados para a reciclagem.

O projeto funciona da seguinte maneira: as escolas e CEIs coletam o material durante a semana. Toda quinta feira, a empresa, que é terceirizada, passa e recolhe o que foi arrecadado. As instituições recebem uma porcentagem do que a companhia lucrar.  O dinheiro recebido é investido em melhorias nas escolas e CEIs.

As escolas municipais têm recebido extrema colaboração de seus alunos, no projeto. “A diretora nos reuniu no pátio e avisou que a partir daquele dia era para a gente levar materiais recicláveis secos para a escola,” diz a estudante da Escola de Ensino Fundamental Geraldina Maria Tavares, Karen Silva.

O resultado tem sido excelente, as mães dizem que as crianças vêm no caminho juntado coisas para trazer para a escola. E temos trabalhado com as crianças a importância da reciclagem, as conscientizando, já que serão elas a geração do futuro,” conta Angelita.

O dinheiro que irão receber pela colaboração, ajudará nas despesas e na compra de materiais novos para as instituições. “Além de ajudar o meio ambiente, a escola irá comprar bolas de futebol e vôlei novas, porque as que temos na escola estão furadas”, explica Karen.



Ouça parte da entrevista:


Por Hellen Amorin

Biocombustíveis: garantia de economia e sustentabilidade

Segundo Associação de Revendedores, a cada dez clientes, sete procuram por carros bicombustíveis


Os biocombustíveis são obtidos a partir de alguns vegetais de fontes renováveis, entre eles a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas e eucalipto. O aumento do interesse da população por veículos que usam fontes de energia renováveis tem gerado uma série de efeitos ambientais positivos. Entre eles, a redução das emissões de gases de efeito estufa, desmatamento e poluição. De acordo com análise feita pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, apresentada em fevereiro de 2010, houve uma redução de 57% das emissões de gases com o efeito de estufa, na comparação do biodiesel de óleo de soja com o diesel fóssil e biodiesel.

O álcool, como é conhecido popularmente o etanol como combustível, é menos inflamável e menos tóxico que a gasolina e o diesel. No Brasil, é produzido por biomassa e gerado a partir da cana-de-açúcar. A estudante de Engenharia Química da Unisul, Jéssica Calegari, ressalta que a principal vantagem do álcool é ser ecologicamente correto.  “Por ser de fonte renovável, o etanol não afeta a camada de ozônio, diferente da gasolina obtida do petróleo, que pode desaparecer em 50 anos”. A acadêmica lembra ainda que a fotossíntese dos canaviais colabora com a redução de gás carbônico na atmosfera.

Hoje em dia quem compra carro novo, na maioria dos casos, não hesita na hora de escolher um modelo flex. É o caso de Paulo José Goularte Júnior, de 28 anos. “Quem entende, sabe a importância de ter a opção de poder colocar os dois tipos de combustíveis. Tudo depende da época, do preço do combustível, e de onde vamos com o carro”, afirma. O motor do veículo flex é bicombustível e funciona a qualquer proporção na mistura de gasolina e etanol armazenados no tanque.

No Brasil, a produção dos automóveis flex começou em maio de 2003, quando a Volkswagen lançou o Gol 1.6 Total Flex. Dois meses depois, a concorrência se uniu para lançar um novo automóvel para a disputa. Chevrolet e Fiat juntas colocaram no mercado o Corsa 1.8 Flexpower.

A vendedora de automóveis Monique Thomas Nola acredita que as pessoas estão mais conscientes por conta dos programas ecológicos. “O pessoal está comprando porque o que mais se vê por aí é programa de conscientização. As pessoas estão preocupadas e isso está refletindo no modo como as fábricas produzem os veículos”. A maioria dos carros novos que estão sendo lançados no mercado tem apenas a opção flex.

Segundo Goularte, só a sensação de usar um combustível menos poluente já vale a pena. "O carro parece até ficar mais potente usando álcool, e mesmo que não vejamos a mudança diretamente, é importante levar em consideração que são pequenos atos que podem mudar o mundo”, comenta.

A ideia de utilizar os biocombustíveis vem agradando os consumidores, tanto pela sustentabilidade, quanto pelo fato de a maioria sair mais barato que os combustíveis tradicionais. Em tempos modernos é importante discutir formas alternativas de fontes de energia, levando em consideração a escassez do petróleo e o aquecimento global.


                              

Por Edivelton da Rosa