Restos de borracha são reciclados e reaproveitados na construção de casas populares
Uma das preocupações da humanidade nos últimos tempos, além de fomentar o crescimento do país, é a conservação do meio ambiente. Por isso o homem tem cada vez mais investido no desenvolvimento sustentável. Embora ainda esteja num estágio relativamente baixo, grandes empresas, indústrias e, obviamente, o próprio ser humano, começaram a enxergar a necessidade de olhar cuidadosamente para o planeta.
E é por ter o pensamento voltado à sustentabilidade que empresas mudaram alguns princípios. O cuidado ocorre nas mais variadas áreas de atuação, gerando reflexos positivos inimagináveis para o meio ambiente. Dedicada à produção de artigos esportivos e ortopédicos, a fábrica do Grupo Hidrolight do Brasil, cuja matriz está instalada na cidade de Garopaba, já se dedica a estes cuidados.
Restos de E.V.A. (borracha) utilizadas para a produção de materiais de hidroginástica, por exemplo, estavam acumulados há alguns anos no pátio da empresa. Após passar uma temporada sem saber qual o melhor destino para o montante acumulado, os proprietários passaram a enviá-los à outra empresa, localizada em Tijucas, 55 quilômetros a norte de Florianópolis, conforme explica a diretora de Marketing do Grupo, Camila Borges.
Eles são triturados e transformados em brita leve que, posteriormente, é comprado pelo Governo Federal e utilizados na construção de casas populares. “Para o mesmo lugar que vai o pneu de carro é enviada a borracha”, explica, e acrescenta que “só existem quatro fábricas desta no Brasil”.
O procedimento deveria ser realizado pela empresa que vende a borracha para a Hidrolight. Porém, como a realidade é outra, já se estava, inclusive, idealizando a construção de um galpão anexado à fábrica para reciclagem deste material, segundo Camila. “A gente já estava pesquisando há uns dois anos sobre o que fazer com isso. Então nós achamos esta fábrica no início deste ano”, explica.
A empresa recebe resíduos de toda a região sul do país. Para a Hidrolight, os gastos são apenas com o transporte. “É mais do que obrigação do fabricante dar um destino ao lixo que sobra”, ressalta Camila.
O acúmulo deste lixo não acarreta em multa para os proprietários, pois não é depositado no meio na rua. Entretanto, a diretora salienta que “dentro (do lixo) pode ter criação de cobras, que daqui a pouco pega numa criança ou em cachorros. A gente tem que limpar, até para fazer nossa parte como cidadão”.
Em paralelo aos restos de E.V.A., a Hidrolight já utiliza papeis de reflorestamento nos folders e materiais de divulgação dos produtos, com o selo ISO 9001. O devido tratamento aos resíduos da produção na fábrica, além de colaborar com o meio ambiente através da reciclagem, é transformado em moradia para desabrigados em todo o país.
Integrando um ciclo de colaboração ser humano – meio ambiente – ser humano, é o homem o maior beneficiado com as boas ações. As atitudes de preservação conservam o planeta e proporcionam bem estar ao mesmo homem, gerando uma verdadeira reação em cadeia.
Ouça parte da entrevista com Camila Borges:
Por Heloiza Abreu
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