Segundo Associação de Revendedores, a cada dez clientes, sete procuram por carros bicombustíveis
Os biocombustíveis são obtidos a partir de alguns vegetais de fontes renováveis, entre eles a cana-de-açúcar, plantas oleaginosas e eucalipto. O aumento do interesse da população por veículos que usam fontes de energia renováveis tem gerado uma série de efeitos ambientais positivos. Entre eles, a redução das emissões de gases de efeito estufa, desmatamento e poluição. De acordo com análise feita pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, apresentada em fevereiro de 2010, houve uma redução de 57% das emissões de gases com o efeito de estufa, na comparação do biodiesel de óleo de soja com o diesel fóssil e biodiesel.
O álcool, como é conhecido popularmente o etanol como combustível, é menos inflamável e menos tóxico que a gasolina e o diesel. No Brasil, é produzido por biomassa e gerado a partir da cana-de-açúcar. A estudante de Engenharia Química da Unisul, Jéssica Calegari, ressalta que a principal vantagem do álcool é ser ecologicamente correto. “Por ser de fonte renovável, o etanol não afeta a camada de ozônio, diferente da gasolina obtida do petróleo, que pode desaparecer em 50 anos”. A acadêmica lembra ainda que a fotossíntese dos canaviais colabora com a redução de gás carbônico na atmosfera.
Hoje em dia quem compra carro novo, na maioria dos casos, não hesita na hora de escolher um modelo flex. É o caso de Paulo José Goularte Júnior, de 28 anos. “Quem entende, sabe a importância de ter a opção de poder colocar os dois tipos de combustíveis. Tudo depende da época, do preço do combustível, e de onde vamos com o carro”, afirma. O motor do veículo flex é bicombustível e funciona a qualquer proporção na mistura de gasolina e etanol armazenados no tanque.
No Brasil, a produção dos automóveis flex começou em maio de 2003, quando a Volkswagen lançou o Gol 1.6 Total Flex. Dois meses depois, a concorrência se uniu para lançar um novo automóvel para a disputa. Chevrolet e Fiat juntas colocaram no mercado o Corsa 1.8 Flexpower.
A vendedora de automóveis Monique Thomas Nola acredita que as pessoas estão mais conscientes por conta dos programas ecológicos. “O pessoal está comprando porque o que mais se vê por aí é programa de conscientização. As pessoas estão preocupadas e isso está refletindo no modo como as fábricas produzem os veículos”. A maioria dos carros novos que estão sendo lançados no mercado tem apenas a opção flex.
Segundo Goularte, só a sensação de usar um combustível menos poluente já vale a pena. "O carro parece até ficar mais potente usando álcool, e mesmo que não vejamos a mudança diretamente, é importante levar em consideração que são pequenos atos que podem mudar o mundo”, comenta.
A ideia de utilizar os biocombustíveis vem agradando os consumidores, tanto pela sustentabilidade, quanto pelo fato de a maioria sair mais barato que os combustíveis tradicionais. Em tempos modernos é importante discutir formas alternativas de fontes de energia, levando em consideração a escassez do petróleo e o aquecimento global.
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