segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Renda extra e cidade limpa

O trabalho do catador de lixo garante o sustento da família




Nos países altamente industrializados, onde a maioria da população tem alto poder de consumo, uma família média produz uma tonelada de lixo por ano. A maioria consiste em papel de embalagens e desperdício de alimentos. Boa parte do lixo poderia ser reciclada e usada novamente.

Em diversas cidades brasileiras foram criadas cooperativas de catadores de lixo, que separam o material e vendem às indústrias recicladoras. Assim, eles colaboram para a limpeza das ruas e garantem uma renda fixa. Infelizmente nem todas as cidades possuem programas de reciclagem, como é o caso de Jaguaruna. Mas, apesar de não ter cooperativas, existem pessoas que realizam esse trabalho.

É o caso do catador Adenilson Vieira Damásio, 27 anos, funcionário da prefeitura de Jaguaruna, residente do loteamento Paulo Cruz. Ele faz diariamente coleta de lixo no centro da cidade e também no balneário Arroio Corrente há aproximadamente 10 anos. “Esse trabalho é muito importante para mim, pois eu realizo nas horas vagas e ajuda bastante a melhorar a minha renda”, destaca. O material coletado, na grande maioria papelão e plástico, é comercializado para compradores de Tubarão e, às vezes, de Criciúma. A renda extra adquirida nas horas vagas chega 200 e 300 reais por mês.




Na Câmara de Vereadores o assunto foi abordado por diversos edis. Um dos mais ferrenhos em apoiar a implantação de um centro de triagem para separar o lixo reciclável do orgânico é o vereador Geraldo Garcia (PP). “Se nós tivéssemos um centro de triagem no município, além de trazer mais empregos, estaríamos colaborando para manter a cidade mais limpa e ainda diminuindo os nossos gastos com transporte de lixo para o aterro sanitário”, destaca o vereador.

De acordo com dados da Vigilância Sanitária, atualmente no município de Jaguaruna, entre os meses de abril e dezembro, considerados de baixa temporada, são recolhidas mensalmente 180 toneladas no centro e comunidades próximas e 70 toneladas nos balneários. Entre os meses de janeiro e março são recolhidas 140 toneladas no centro e nas comunidades vizinhas e 850 toneladas nos balneários. O valor pago por tonelada para coleta e transporte do lixo é de R$ 95,76 nos balneários e R$ 93,70 no centro. Para o depósito no aterro sanitário, é pago R$ 83,00 por tonelada.

Por Vanderleia Pereira

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