segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O caminho da reciclagem

Prefeitura de Gravatal promove coleta seletiva em parceria com as escolas

Atualmente uma das grandes preocupações da sociedade é com o destino do lixo. Segundo site do Grupo Bandeirantes, cada brasileiro produz de 600 gramas a um quilo de lixo por dia. Multiplicando este número pela população brasileira atual, são mais de 240 milhões de toneladas de lixo produzidos diariamente. De acordo com a associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), apenas 2% de todo este lixo é reciclado.

O processo de reciclar significa transformar objetos ou materiais usados em novos produtos para consumo. Hoje existem outras maneiras alternativas para o destino do lixo, além da reciclagem. A incineração, a queima, é a alternativa menos aceitável, pois provoca graves problemas de poluição atmosférica. A compostagem é outro processo que transforma o lixo orgânico em adubo.

A reciclagem é a forma mais eficaz de eliminação de resíduos, pois o material usado volta para o ciclo de produção e pode ser reutilizado. Além de trazer vários benefícios, como a economia de energia e a diminuição de lixo nos aterros e lixões. Os vários tipos de papeis, plásticos, metais e vidros, que podem durar de três meses a 10 mil anos para se decompor, são alguns exemplos de materiais recicláveis.

A regra dos 3 RS é uma maneira de ajudar as pessoas que desejam preservar o planeta. Significam reduzir, reutilizar e reciclar. Segundo essa teoria, o primeiro passo seria reduzir o que consumimos, depois reutilizar as coisas antes de jogá-las fora, para por fim reciclar. No entanto, a reciclagem não é a solução total para o problema do lixo. Ela apenas minimiza as consequências, pois nem todo tipo de lixo pode ser reciclado.

A coleta seletiva tem sido uma das grandes aliadas para aqueles que desejam reciclar. Através dela o lixo é separado para que seja enviado para reciclagem. O processo baseia-se em não misturar materiais recicláveis com o restante do lixo. A coleta pode ser feita por um cidadão sozinho ou organizada por comunidades.

Um projeto da Prefeitura Municipal de Gravatal, juntamente com a Secretaria de Educação, visa promover a coleta seletiva na cidade, através das escolas municipais e centros educacionais infantis (CEI). As escolas e os CEIs promovem campanhas para arrecadar materiais, que serão enviados para reciclagem.

A secretária de educação nos procurou, para saber se tínhamos interesse em participar do projeto. Colocou-nos a proposta e nós aceitamos. Organizamos uma reunião com os pais, para mobilizar as famílias sobre o projeto,” diz a diretora do CEI Mickeylândia, Angelita Veronez.

Ainda segundo a diretora, não são só os pais que estão ajudando. A comunidade e os comerciantes estão empolgados, já que possuem diversos materiais que podem ser reciclados, mas não sabem onde depositar para que possam ser enviados para a reciclagem.

O projeto funciona da seguinte maneira: as escolas e CEIs coletam o material durante a semana. Toda quinta feira, a empresa, que é terceirizada, passa e recolhe o que foi arrecadado. As instituições recebem uma porcentagem do que a companhia lucrar.  O dinheiro recebido é investido em melhorias nas escolas e CEIs.

As escolas municipais têm recebido extrema colaboração de seus alunos, no projeto. “A diretora nos reuniu no pátio e avisou que a partir daquele dia era para a gente levar materiais recicláveis secos para a escola,” diz a estudante da Escola de Ensino Fundamental Geraldina Maria Tavares, Karen Silva.

O resultado tem sido excelente, as mães dizem que as crianças vêm no caminho juntado coisas para trazer para a escola. E temos trabalhado com as crianças a importância da reciclagem, as conscientizando, já que serão elas a geração do futuro,” conta Angelita.

O dinheiro que irão receber pela colaboração, ajudará nas despesas e na compra de materiais novos para as instituições. “Além de ajudar o meio ambiente, a escola irá comprar bolas de futebol e vôlei novas, porque as que temos na escola estão furadas”, explica Karen.



Ouça parte da entrevista:


Por Hellen Amorin

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